A decisão da Receita Federal de manter o ICMS-ST na base de cálculo do PIS/COFINS levanta questões importantes sobre a autonomia administrativa em relação às decisões judiciais. O STJ havia determinado que o ICMS não compõe o faturamento das empresas, devendo ser excluído da base dessas contribuições. Contudo, a Receita defende que a substituição tributária possui características específicas que justificam sua inclusão.
Para empresas com grande volume de operações sob substituição tributária, essa decisão pode aumentar significativamente a carga tributária. Isso exige uma reavaliação das estratégias financeiras para mitigar impactos no fluxo de caixa.
Além disso, a manutenção dessa prática pela RFB pode intensificar disputas administrativas e judiciais, já que muitas empresas podem buscar alinhar-se à decisão do STJ.
Recomendações para empresas
- Revisão fiscal: As empresas devem revisar suas práticas fiscais para garantir conformidade com as diretrizes da Receita Federal enquanto monitoram mudanças jurisprudenciais.
- Consultoria especializada: Contratar consultores especializados em direito tributário pode ajudar na identificação de oportunidades para otimização fiscal dentro dos limites legais.
- Planejamento tributário: Desenvolver um planejamento robusto considerando cenários alternativos prepara melhor as empresas para eventuais mudanças normativas ou judiciais.
- Monitoramento contínuo: Manter-se atualizado sobre novas decisões judiciais ou alterações legislativas é essencial para adaptar rapidamente as estratégias empresariais conforme necessário.